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26 de mai. de 2013

SER SEU AMIGO...!


O PETRÓLEO.

O PETRÓLEO.


1) Origem. 
     Os restos de matéria orgânica, bactérias, produtos nitrogenados e sulfurados no petróleo indicam que ele é o resultado de uma transformação da matéria orgânica acumulada no fundo dos oceanos e mares durante milhões de anos, sob pressão das camadas de sedimentos que foram se depositando e formando rochas sedimentares. O conjunto dos produtos provenientes desta degradação, hidrocarbonetos e compostos voláteis, misturados aos sedimentos e aos resíduos orgânicos, está contido na rocha-mãe; a partir daí o petróleo é expulso sob  efeito da compactação provocada pela sedimentação, migrando para impregnar areias ou rochas mais porosas e mais permeáveis, tais como arenitos ou calcários. Uma camada impermeável, quando constitui uma “armadilha”, permite a acumulação dos hidrocarbonetos, impedindo-os de escapar. 
2) Jazidas. 

     O petróleo é encontrado na natureza não como uma espécie de rio subterrâneo ou camada líquida entre rochas sólidas. Ele ocorre sempre impregnando rochas sedimentares, como os arenitos. Como essas rochas são permeáveis, o óleo "migra" através delas pelo interior da crosta terrestre. Se for detido por rochas impermeáveis, acumula-se, formando então as jazidas. Das jazidas conhecidas, as mais importantes estão no Oriente Médio, Rússia e repúblicas do Cáucaso, Estados Unidos, América Central e na região setentrional da América do Sul. 
3) Extração.

     O sistema de extração do petróleo varia de acordo com a quantidade de gás acumulado na jazida. Se a quantidade de gás for grande o suficiente, sua pressão pode expulsar por si mesma o óleo, bastando uma tubulação que comunique o poço com o exterior. Se a pressão for fraca ou nula, será preciso ajuda de bombas de extração.

4) O Refino.



     O petróleo bruto, tal como sai do poço, não tem aplicação direta. Para utilizá-lo, é preciso fracioná-lo em seus diversos componentes, processo que é chamado de refino ou destilação fracionada. Para isso, aproveitam-se os diferentes pontos de ebulição das substâncias que compõem o óleo, separando-as para que sejam convertidas em produtos finais.

5) Subprodutos mais importantes. 

     O gás, uma das frações mais importantes obtidas na destilação, é composto das substâncias com ponto de ebulição entre –165° C e 30° C, como o metano, o etano, o propano e o butano. O éter de petróleo tem ponto de ebulição entre 30° C e 90° C e é formado por cadeias de cinco a sete carbonos. A gasolina, um dos subprodutos mais conhecidos, tem ponto de ebulição entre 30° C e 200° C, é formada de uma mistura de hidrocarbonetos que possuem de cinco a 12 átomos de carbono. Para obter querosene, o ponto de ebulição fica entre 175° C e 275° C. Óleos mais pesados, com cadeias carbonadas de 15 a 18 carbonos, apresentam uma temperatura de ebulição entre 175° C e 400° C. As ceras, sólidas na temperatura ambiente, entram em ebulição em torno de 350° C. No final do processo, resta o alcatrão, o resíduo sólido.
6) O processo de refino.


     O processo começa pela dessalinização do petróleo bruto (1) em que são eliminados os sais minerais. Depois, o óleo é aquecido a 320° C em fornos de fogo direto (2) e passa para as unidades de fracionamento, onde podem ocorrer até três etapas diferentes. A etapa principal é realizada na coluna atmosférica (3): o petróleo aquecido é introduzido na parte inferior da coluna junto com vapor de água para facilitar a destilação. Desta coluna surgem as frações (4) ou extrações laterais, que ainda terão de ser transformadas (5) para obter os produtos finais desejados. A maioria dos produtos é a seguir objetos de tratamentos suplementares para melhorar sua qualidade: reforma catalítica, hidrodessulfuração.(É um processo químico catalítico largamente usado para remover enxofre (S) via inserção de hidrogênio, visando otimizar a obtenção dos subprodutos de produtos de petróleo refinado e de gás natural tais como gasolina e nafta). É obtida finalmente toda uma série de produto dos que respondem as necessidades dos consumidores: carburantes, gasolinas especiais, combustíveis e produtos diversos.


7) APLICAÇÕES.

     Cerca de 90% do petróleo é utilizado com fins energéticos, seja nas centrais termoelétricas, seja como combustível para os meios de transporte ou fornos industriais. Dos 10% restantes são extraídos os produtos que abastecerão as indústrias – 60% das matérias-primas utilizadas na indústria mundial vêm do petróleo.


CASO NECESSÁRIO, CONSULTE OUTRAS BIBLIOGRAFIAS PARA RESPONDER AS QUESTÕES PROPOSTAS ABAIXO.



1) QUAL A ORIGEM DO PETRÓLEO E COMO ELE SE FORMA?


2) QUAIS AS APLICAÇÕES DO PETRÓLEO ALÉM DOS COMBUSTÍVEIS?


3) QUAIS SÃO OS PRODUTOS E SUBPRODUTOS OBTIDOS A PARTIR DO PETRÓLEO BRUTO?



4) O QUE SÃO AS CHAMADAS “RESERVAS ESTRATÉGICAS” DE PETRÓLEO?


5)QUAIS SÃO OS DESAFIOS PARA A EXPLORAÇÃO DA CAMADA PRÉ-SAL NO BRASIL?


6) O QUE É A CAMADA PRÉ- SAL DESCOBERTA NO BRASIL E POR ONDE É LOCALIZADA?


7) QUAIS FORAM AS GUERRAS MOTIVADAS PELO PETRÓLEO?


8)COMO SE EXTRAEM OS COMBUSTÍVEIS A PARTIR DO PETRÓLEO?


9)ONDE SE LOCALIZAM OS PRINCIPAIS CAMPOS DE PETRÓLEO NO BRASIL?


10)QUAIS AS CONSEQUÊNCIAS ECONÔMICAS E POLÍTICAS DE UM SISTEMA DE PRODUÇÃO E TRANSPORTE TÃO DEPENDENTE DESSA FONTE DE ENERGIA COMO O BRASIL?












TRABALHO DE QUÍMICA: A CHUVA ÁCIDA.




A CHUVA ÁCIDA.

Atividade de Química -  3ª Série Ensino Médio e EJA.

            O termo chuva ácida foi empregado pela primeira vez em 1952 por um cientista inglês, R. A. Smith, em sua monografia O Ar e a Chuva: O Início da Climatologia Química, a Chuva Ácida. Embora a chuva ácida formada por substâncias que as chaminés das indústrias e os escapamentos dos automóveis despejam na atmosfera, tenha surgido, provavelmente, em meados do século passado, em decorrência da Revolução Industrial, só há dez anos esse fenômeno começou a inquietar os ecologistas, para se converter, nos dias de hoje, numa de suas mais obsessivas preocupações. "Trata-se talvez do mais sério problema ecológico do século", suspeita o patologista americano Leon Dochinger, do Serviço de Florestas dos Estados Unidos. Significativamente, nada menos do que quatro simpósios internacionais, na Europa, foram dedicados ao tema, desde o final de março.* 
            A precipitação ácida ocorre quando aumenta a concentração de dióxido de enxofre (SO2), e óxidos de nitrogênio (NO, NO2, N2O5), que produzem ácidos quando em contato com a própria água da chuva. Estes compostos são liberados na combustão de materiais de origem fóssil, como o petróleo e o carvão. A combustão destes materiais também dá origem a óxidos de carbono (CO e CO2), pois existe carbono em sua composição, assim como na composição de outros materiais como o álcool comum (C2H5OH).
            As chuvas ácidas transformaram a superfície do mármore (CaCO3) do Parthenon, em Atenas,em gesso (CaSO4); macio e sujeito a erosão.
            Fotografias das Cariátides, as ninfas sobre as quais se apoia o templo de Erekteion, na Acrópole, mostram que, num período de dez anos (1955 a 1965), a chuva ácida destruiu os narizes das Cariátides e outros detalhes de suas figuras. O mesmo fenômeno é observado no Taj Mahal, na Índia, e no Coliseu, em Roma.
            Mas a chuva ácida não atinge apenas monumentos de valor incalculável para a humanidade. Em alguns lugares, como nos países da Escandinávia, ela está matando os peixes dos lagos e rios; em outros, como na Alemanha, vai rapidamente dizimando as florestas. No sinistro mapa da devastação, pelo menos um ponto do território brasileiro já está assinalado - Cubatão, o sufocante polo industrial da Baixada Santista.
            Para medir o grau de acidez - o pH - da água, os técnicos usam uma escala que vai de 0 a 14. Quanto mais baixo o número, maior o índice de acidez, que avança numa progressão estonteante: o pH 1,0 é dez vezes mais ácido que o pH 2,0, cem vezes mais ácido que o pH 3,0, e assim por diante. A água destilada, quando rigorosamente pura, tem, aproximadamente, pH 7,0; a água da chuva, normalmente, tem pH em torno de 5,6. Em diversos pontos do mundo, no entanto, tem-se registrado precipitações com índice de acidez próximo de 2,0; como observam os cientistas, é como se nesses lugares chovesse algo ainda mais ácido que o suco de limão, cujo pH é 2,1. A maioria dos peixes morre quando o pH dos rios e lagos atinge 4,5.
            O Brasil, que, além de menos industrializado do que a Europa e os Estados Unidos, praticamente não precisa queimar carvão mineral ou óleo combustível para produzir energia - algo muito comum, sobretudo na Europa, onde é escassa a energia hidrelétrica - já começa a exibir números assustadores. No centro de Cubatão, a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (CETESB), do governo do Estado de São Paulo, detectou, em 1983, índices de pH que iam de 4,7 a 3,7. Os maiores responsáveis por essa anomalia são os derivados de enxofre, que as chaminés das petroquímicas e siderúrgicas não cessam de despejar na carregada atmosfera de Cubatão. O problema não seria tão grave se as indústrias da região passassem a queimar, em suas caldeiras, óleo com 1% de enxofre - o que se usa hoje tem 5%.
            A chuva ácida nem sempre cai onde foi gerada - tangida pelo vento, pode desabar a grandes distâncias das fontes poluidoras. Inicialmente, as enormes chaminés, com as quais se pretende evitar a poluição, contribuem para que isso aconteça, pois lançam a fumaça em correntes altas de vento. A viagem dos poluentes explica, por exemplo, o fato de as paradisíacas ilhas Bermudas, a 960 km da costa atlântica dos Estados Unidos, ou as montanhas amazônicas do sul da Venezuela enfrentarem chuvas tão ácidas quanto as que tombam sobre os países industrializados.
          Alguns guarda-chuvas têm sido abertos contra essa terrível modalidade de poluição. Em março de 1984, reunidos em Madri, representantes de nove países europeus e do Canadá acertaram reduzir em 30%, na próxima década, suas emissões de enxofre. Não será tarefa suave, dado o elevado custo dos equipamentos para combater a chuva ácida. Na França, por exemplo, onde já são obrigatórios estes dispositivos representam 10% do custo global das usinas termelétricas, onde estão instalados. Para financiá-los, quase sempre é indispensável aumentar as tarifas de energia - um risco político que os governantes relutam em assumir. Alguns casos, porém, comportam soluções mais baratas. Foi algo assim que fez o governo da Grécia, em janeiro passado: a área do centro de Atenas, onde os carros só podem trafegar em dias alternados, foi ampliada de 8 para 67 km2, numa tentativa de dissolver a nuvem negra que corrói implacavelmente os dois milênios e meio do Parthenon.

TEXTO BASEADO NO ARTIGO : "CHUVAS DA MORTE", publicado na revista Isto é; em 09 de maio de 1984.

QUESTÕES PARA O ENTENDIMENTO DO TEXTO:

1) Em que época presume-se que tenha surgido a chuva ácida? A partir de quando ela passou a ser preocupação de cientistas e ecologistas?
                  
2) Em que condições atmosféricas a chuva ácida se forma?
                  
3) Qual a origem dos compostos formadores da chuva ácida?
                  
4) Qual o seu efeito sobre o mármore? E sobre a natureza?
                  
5) Como os técnicos chamam a escala que mede o grau de acidez da água? Qual a variação de valores dentro dessa escala?
                  
6) O problema da chuva ácida existe no Brasil? Qual o maior responsável pelo problema?
                  
7) A chuva ácida cai sempre na região onde se formam os poluentes?
                  
8) Existe possibilidade de reduzir a formação de chuva ácida? Que medidas poderiam ser tomadas para amenizar este problema?